O episódio recente envolvendo a Prefeitura de Campo Largo e a polêmica redistribuição de R$ 500 mil destinados à causa animal é mais uma prova de que, em política, a má comunicação não só destrói credibilidade como abre brechas para indignação popular. A gestão do prefeito Maurício Rivabem tentou justificar sua decisão com notas oficiais e mobilização digital, mas o estrago já estava feito. Enquanto isso, casos como o do deputado Nikolas Ferreira no cenário nacional mostram que, quando há habilidade para controlar a narrativa, os resultados podem ser bem diferentes.
Campo Largo: um estudo de caso em como não reagir
A decisão da Prefeitura de redistribuir a verba, em vez de destiná-la integralmente ao Instituto SOS 4 Patas, foi fundamentada em argumentos técnicos e jurídicos. Porém, a explicação veio tarde demais. A indignação já havia se espalhado pelas redes sociais, transformando a opinião pública em um campo minado para a administração municipal.
Mesmo com uma suposta base legal para a decisão, a população não perdoou a falta de diálogo e transparência. A Prefeitura, em uma tentativa desesperada de “salvar a narrativa”, mobilizou seus comissionados e a mídia local para compartilhar a nota oficial. Mas, como em tantos outros casos, essa resposta foi vista mais como um esforço para abafar a crise do que como um compromisso genuíno com a verdade.
Nikolas Ferreira: o contraste que a política precisa
Em contrapartida, o deputado federal Nikolas Ferreira vem demonstrando como a habilidade de liderar narrativas pode fazer toda a diferença. No caso da suposta tributação do PIX, Nikolas rapidamente ocupou o espaço deixado pelo silêncio do Governo Federal, transformando o assunto em uma mobilização nacional. Mesmo com desmentidos posteriores, o estrago já estava feito: o deputado consolidou sua posição como defensor dos interesses populares, enquanto o governo ficou na defensiva, apagando incêndios.
O que Nikolas compreendeu – e que falta à Prefeitura de Campo Largo – é que, em tempos de redes sociais, não basta ter argumentos técnicos. É preciso conectar-se emocionalmente com a população, liderar o debate e antecipar os ataques. Ele mostrou que é possível transformar insatisfação popular em capital político, algo que Campo Largo parece longe de entender.
A gestão Rivabem no espelho da narrativa
Enquanto Nikolas Ferreira brilha como um estrategista que sabe usar as redes sociais para dialogar com as massas, a administração de Maurício Rivabem se perde em desculpas burocráticas e na tentativa de recuperar um terreno já perdido. A diferença entre os dois é clara: enquanto um entende que a política moderna é uma batalha de narrativas, o outro parece preso a uma comunicação reativa, mal articulada e desconectada das demandas reais da população.
Os ataques nas redes sociais da Prefeitura e do próprio prefeito não são apenas sobre a verba de R$ 500 mil; são um reflexo de uma administração que falha em transmitir confiança e clareza. Em vez de se antecipar às críticas, Rivabem preferiu esperar que a indignação explodisse – e agora tenta apagar o fogo com baldes furados.
O aprendizado que Campo Largo ignora
O caso de Campo Largo mostra que a política não é apenas sobre estar certo, mas sobre ser percebido como alguém que realmente se importa com o que as pessoas pensam. Nikolas Ferreira conseguiu transformar um tema técnico, como o PIX, em uma bandeira popular porque entendeu o que a população queria ouvir – e disse isso antes que seus adversários pudessem reagir.
A Prefeitura de Campo Largo, por outro lado, ficou presa ao velho manual político, achando que uma nota oficial resolveria tudo. Mas, como dizem: “quem explica, já perdeu”. Enquanto a gestão tenta controlar os danos, a população de Campo Largo continua se perguntando: por que a transparência e o diálogo não vieram antes?
Conclusão
Enquanto Nikolas Ferreira prova que a política é uma arte de conexão e liderança narrativa, a administração Rivabem é um exemplo do que acontece quando se governa sem ouvir e sem explicar. O contraste é gritante: um sabe usar a indignação a seu favor, o outro apenas tenta sobreviver a ela. E, no final, quem paga o preço é sempre o povo.
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