Uma emenda parlamentar no valor de R$ 500 mil, destinada ao município de Campo Largo para ações em prol da causa animal, gerou forte controvérsia. O deputado federal Matheus Laiola, autor da emenda, afirma que o recurso foi enviado com a intenção clara de beneficiar o Instituto SOS 4 Patas, mas a Prefeitura decidiu redistribuí-lo de maneira distinta, ignorando o objetivo inicial descrito na emenda.
Deputado cobra explicações
Em nota oficial, Laiola criticou a gestão municipal: “Encaminhamos R$ 500 mil via emenda parlamentar para a Prefeitura de Campo Largo, colocando no descritivo da emenda que gostaríamos que o recurso fosse para o Instituto SOS 4 Patas. O dinheiro caiu na conta da Prefeitura, e cabe à Prefeitura mandar o recurso para o Instituto. A nossa parte a gente fez.”
Segundo o deputado, a destinação dos recursos foi detalhada no projeto, com o objetivo de reforçar o trabalho do Instituto, que realiza atendimento direto à população e resgate de animais. A ausência de repasse, de acordo com ele, representa um desrespeito à finalidade proposta.
Prefeitura recorre a justificativas legais
A Prefeitura de Campo Largo, por sua vez, divulgou uma nota defendendo sua posição, afirmando que o recurso será distribuído entre “todos os protetores devidamente cadastrados” no município, incluindo pessoas físicas e jurídicas. No comunicado, a administração alegou que a legislação impede o repasse exclusivo para uma única instituição.
Apesar disso, a explicação gerou uma verdadeira enxurrada de críticas nas redes sociais da Prefeitura. Cidadãos indignados deixaram centenas de comentários questionando a decisão da gestão Rivabem. “Cadê a transparência? O recurso tinha destino claro, e agora vocês querem mudar tudo?”, comentou um internauta. Outro escreveu: “Isso é um desrespeito com quem realmente trabalha pela causa animal. Vocês só atrapalham quem faz a diferença.”
Repercussão negativa e dúvidas sobre a gestão
O Instituto SOS 4 Patas, reconhecido por sua atuação em resgates e atendimentos no município, poderia ter seu trabalho diretamente fortalecido pela verba da emenda. “Enquanto a Prefeitura distribui o recurso para diversas frentes, o Instituto segue na linha de frente, sobrecarregado e sem o apoio prometido”, disse um ativista que prefere não ser identificado.
Nas redes sociais, os comentários continuam a expor a insatisfação da população. “Se havia um compromisso claro para destinar a verba ao Instituto, por que a Prefeitura não segue essa orientação?”, questionou um morador. Outros criticaram a falta de articulação política da gestão para garantir o uso eficiente dos recursos recebidos.
Quem paga a conta?
O caso reforça um padrão de decisões controversas da atual administração municipal, que frequentemente se defende em questões legais sem apresentar soluções práticas que atendam à população. Para muitos, a decisão de não priorizar o Instituto SOS 4 Patas simboliza uma desconexão da Prefeitura com os problemas reais enfrentados pela comunidade e pela causa animal em Campo Largo.
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