No Grande Expediente da Sessão Plenária desta segunda-feira, 04, o artista plástico, ilustrador, escultor e cenógrafo, Nilson Waldir Müller, apresentou o seu personagem Zequinha ao Tampinha, símbolo do Programa Tampinha Paraná. A campanha é desenvolvida pelo Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa do Paraná, presidido por Rose Traiano, e visa incentivar a coleta de tampinhas de plástico promovendo a solidariedade e a sustentabilidade.
A proposição foi do presidente da Assembleia Legislativa Ademar Traino (PSD) que destacou o encontro dos personagens Zequinha e Tampinha. “É muito prazeroso promover esse encontro que em uma parceria com a Secretaria de Cultura do Paraná também encampa esta ideia. Esta interação entre os mascotes, é para impulsionar o programa Tampinha Paraná. É um programa que não tem custo algum para a Assembleia Legislativa, pelo contrário, é relevante, promove o Poder Legislativo e tem a adesão de escolas e organizações que colaboram com atendimento aos idosos e promovem a sustentabilidade”.
A presidente do pelo Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa, Rose Traiano disse que esse encontro de personagens é para dar mais força para o projeto da Assembleia. É sempre bem-vindo esse tipo de iniciativa, esse tipo de parceria. Estamos bem felizes com essa amizade, principalmente porque essa ação depende muito das crianças para dar certo. Então, com esses dois personagens icônicos aqui, com certeza nós vamos ganhar muita força”.
Representando a Secretaria Cultura do Estado do Paraná, através da Secretaria Luciana Casagrande Pereira, o diretor do Museu Alfredo Andersen, Luiz Gustavo Vidal, destacou o encontro promovido dos personagens em favor da Campanha Tampinha Paraná. “Nós tínhamos que unir esses dois ícones, o Zequinha, que é um personagem icônico, e agora o Tampinha junto, o que vai sair disso? Muita arte, muita cultura, preservação, meio ambiente. Esse lado social também é bacana de juntar as tampinhas e poder ajudar o próximo”.
O artista
Nilson Waldir Müller foi o responsável pelas figurinhas do personagem icônico da cultura paranaense, originalmente criado em 1928, para a campanha do ICMS estadual em 1979. Ele foi também o criador do personagem curitibano de histórias em quadrinhos “O Gralha” e o primeiro cenógrafo de televisão do Paraná. Nascido em Curitiba em 1941, Nilson Müller começou a desenhar ainda criança copiando revistas em quadrinhos. Aos doze anos de idade conheceu Guido Viaro no centro juvenil de Artes Plásticas e foi convidado a cursar a Faculdade de Belas Artes.
Adolescente, recebeu orientação de Thorsten Andersen e teve uma de suas pinturas ilustrando o salão dos novos, na Biblioteca Pública do Paraná. Aos 16 anos profissionalizou-se, sendo o primeiro cenógrafo de televisão no Paraná. Atualmente, é ilustrador de publicidade e editorial, além de manter a carreira de artista plástico. A grande paixão de sua vida são as histórias em quadrinhos realizadas em trabalhos universitários. Na Gibiteca de Curitiba promove cursos e lá tem uma ala com seu nome.
Recebeu prêmios em pintura no Salão Paranaense, Salão dos Novos da Biblioteca Pública do Estado do Paraná, e Salão do Santa Mônica Clube de Campo. Ganhou o Prêmio Qualidade Brasil em ilustrações para o livro KO IVY De Ricardo Rodrigues.
Após o Grande Expediente, Nilson Müller manifestou sua felicidade em participar do encontro dos personagens e de participar da campanha Tampinha Paraná. “Nós viemos de charrete com o Zequinha lá do Museu Alfredo Andersen até a Assembleia Legislativa onde aconteceu o encontro com o Tampinha. A intenção do Museu, foi o de criar um ato simbólico de pertencimento ao ato de juntar tampinhas, e por isso, resolveu juntar os personagens para se tornarem amigos. Assim, o personagem Zequinha veio hoje na Assembleia conhecer o personagem Tampinha para somar forças. A Assembleia é um espaço icônico do Paraná, porque é aqui se decide tudo e campanhas como essa só colaboram com o nosso estado, e a alegria de participar de um programa como esse de coletar tampinhas, para ajudar as pessoas que precisam. Não custa nada para ninguém, você abre um refrigerante, um litro de leite e geralmente joga a tampinha fora. Eu achei ótimo o Zequinha ser convidado para fazer parte desta iniciativa”.
A Campanha
A campanha de arrecadação de tampinha plásticas foi lançada no ano passado com o objetivo de incentivar instituições, legislativos municipais, associações de classe, entre outros a arrecadarem tampinhas plásticas para serem destinadas às entidades assistenciais. De lá para cá foram inúmeras arrecadações, adesões e doações, tanto que a campanha ganhou corpo e virou lei estadual.
A Lei estadual nº 21.697/2023, de autoria dos deputados Ademar Traiano (PSD), Alexandre Curi (PSD) e da deputada Maria Victoria (PP), foi idealizada pelo Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia e tem por objetivo unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis. As tampinhas depois de arrecadadas são comercializadas com empresas especializadas em reciclagem e o material coletado se torna recurso financeiro destinado às entidades.
O que descartar
Além de tampinhas de garrafa pet também podem ser doados outros tipos de tampas plásticas como as usadas na cozinha (margarina, manteiga, requeijão, achocolatado, maionese, ketchup, temperos, leite, leite em pó); na área de serviço (amaciante, sabão líquido, água sanitária, álcool, desinfetante, limpa odores em geral, lustra móveis, detergente); em produtos de higiene (shampoo, condicionador, cremes de tratamento, hidratante, creme dental, acetona, sabonete líquido) e outros como de lenço umedecido, talco, pomadas, remédios, caneta e canetinhas. Na Assembleia, há coletores de arrecadação espalhados para que funcionários e colaboradores possam fazer as doações.
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