Exposição “a ciência caiu na tinta” é inaugurada na Assembleia Legislativa do Paraná


Uma fusão única entre arte e ciência é revelada pela exposição “A Ciência caiu na tinta”, do artista plástico Itamar Crispim, que celebra os 25 anos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado, e foi aberta nesta segunda-feira (02), na Assembleia Legislativa do Paraná. Proposta pelo deputado Fabio Oliveira (Podemos), a mostra destaca a importância da instituição na divulgação científica, provocando a aproximação da ciência com o cidadão.

O parlamentar, que é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, destacou a importância da Casa de Leis promover a cultura, abrindo espaço para os artistas locais. “Receber essa exposição é uma forma de reconhecer e enaltecer o trabalho fundamental que a Fiocruz desenvolve em nosso estado há 25 anos”, disse. Fabio Oliveira falou ainda da excelência e inovação demonstradas pelo artista plástico, que é funcionário da instituição, e através de suas obras procura inspirar reflexões, promover contemplações artísticas e oferecer momentos lúdicos de interação e leitura. O deputado enalteceu ainda o trabalho desenvolvido pela instituição, classificando-o de essencial para a saúde dos brasileiros.

Baseada em imagens microscópicas, as telas do fotógrafo Itamar Crispim, unem ciência e criatividade, com a intenção de popularizar o conhecimento científico e ressaltar sua relevância na sociedade. Autor e curador da exposição, Crispim falou com entusiasmo sobre a inspiração das pinceladas coloridas que deram origem as telas expostas no espaço. Explicou que suas obras retratam a ciência e a vida vista pelos microscópios através de uma leitura plástica. O que se vê é uma explosão de cores, repletas de pinceladas de tintas com cores fortes, que parecem pulsar nas telas. Em algumas delas, materiais artísticos inusitados foram inseridos, estimulando a aproximação do universo científico com o olhar curioso dos visitantes. Os quadros despertam a atenção do público, justamente, por representarem um trabalho inovador, que explora a interseção da cultura com a ciência. Com mais de 35 anos de serviço na área de pesquisa científica, ele está há 16 anos lotado na unidade do Paraná, onde continua atuando como fotógrafo e designer. Natural do Rio de Janeiro, é graduado em Programação Visual pela UniverCidade (RJ) e pós-graduado em Fotografia e Educação em Artes pela UNIFESP.

Fortalecer a pesquisa científica

Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. A Fundação está instalada em 10 estados e conta com um escritório em Maputo, capital de Moçambique, na África. Além dos institutos sediados no Rio de Janeiro, a Fiocruz tem unidades nas regiões Nordeste, Norte, Sudeste e Sul do Brasil. A partir de seus projetos de ampliação, foram criadas bases para a institucionalização de unidades – escritórios – no Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia. Ao todo, são 16 unidades técnico-científicas, voltadas para ensino, pesquisa, inovação, assistência, desenvolvimento tecnológico e extensão no âmbito da saúde. Há ainda uma unidade técnica de apoio, atuante na produção de animais de laboratório e derivados de animais. As quatro unidades técnico-administrativas são dedicadas ao gerenciamento físico da Fundação, às suas operações comerciais e à gestão econômico-financeira.

Funcionando em Curitiba, a unidade da Fiocruz Paraná foi oficialmente instituída em 1999, com a criação do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) em parceria com o Governo estadual. Composta inicialmente por quatro pesquisadores da Fiocruz, a equipe tinha como missão fortalecer a pesquisa científica no estado, com foco em problemas de saúde locais. Em 2009, o IBMP transformou-se no Instituto Carlos Chagas (ICC), uma unidade técnico-científica da Fiocruz na região Sul, alinhada ao projeto de expansão da instituição para diversas partes do Brasil. Hoje, o ICC conta com 400 colaboradores e é reconhecido por sua infraestrutura moderna e tecnologias avançadas, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o bem-estar da população brasileira.

Mostra é aberta ao público

Aberta ao público até o dia 13 de setembro, a exposição “A Ciência caiu na tinta”, oferece uma oportunidade única para o público apreciar a beleza das descobertas científicas através de uma lente artística. A cerimônia de abertura, que acontece no Espaço Cultural, e pode ser visitada – gratuitamente – de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, reuniu amigos, familiares, convidados e autoridades, entre eles, Maria das Graças Roja Soto, vice-diretora de ensino, informação e comunicação do Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná, que representou a diretoria da entidade. Depois de Curitiba, as telas de Itamar Crispim serão expostas em Guarapuava, no Instituto de Pesquisa do Câncer, a partir do dia 19. Réplicas das obras podem ser conferidas na Galeria Carlos Chagas, que funciona no prédio da unidade da Fiocruz, em Curitiba.



Matéria da Assembleia Legislativa do Paraná